Eu nunca vi Luciano Huck debater o racismo ou falar sobre desigualdade racial. Eu não sei qual a opinião dele sobre o sistema de cotas, por exemplo.
O que eu sei do Luciano Huck é que ele começou a fazer sucesso na TV usando um artifício apelativo e repetitivo: usar mulheres com roupas minúsculas para atrair audiência. Foi assim com a Tiazinha e a Feiticeira no início dos anos 2000.
Agora, resolveu investir no estilo 'coxinha fashion' ao lançar a camisa#somostodosmacacos. Huck, nem tudo é capitalizável, cara! Menos! Mal o Daniel Alves comeu a fruta (um gesto inusitado e aplaudido) e você já quer faturar em cima da banana? (ops!)
Huck poderia lançar a camisa #somostodostamoios, por exemplo. Pra quem não entendeu a hashtag, trata-se de uma Área de Proteção Ambiental na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis, cujo decreto estadual foi alterado para que ele (e outros bananas) pudessem fazer seu caldeirão na Ilha das Palmeiras, local onde possuía uma luxuosa (e irregular) residência até janeiro do ano passado.
Querer estampar em camisetas que 'somos todos macacos' é mentiroso e hipócrita. Não somos todos iguais porque o racismo que paira no Brasil é o pior que existe: é velado (ninguém se diz racista, mas muitos são), é em degradê (neguinho, mulatinho, café com leite, negão, etc) e é covarde. O preto pobre da favela (Claudias e Amarildos) recebe tratamento muito pior que o negro (olha aí a mudança!) que integra a elite.
Para Huck, #somostodosmacacosdecirco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário